quinta-feira, 11 de novembro de 2010 - 13 comentários
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Tenho no colo o lugar que espreitamos... insanos,onde adornas-tes os teus silêncios e onde cantamos os segredos de todas as letras escritas na pele
Tenho na noite os meus mistérios que te chama quando eu te quero e que me faz ser dona das tuas madrugadas e dos teus lábios que espero
Tenho as vontades pendentes, onde percorrem as tuas mãos, girando os poros das intenções dos dedos que deslizam meus segredos
Uma estação no cio, deixando dentro todas as proibições do tempo, e dos beijos quentes, as flores é que ficam com gostos de orvalhos
Sou a mulher que te acorda sem sons, deixando todos os meus silêncios tatuados, gritando baixinho e cobrindo as partes que nossos pecados descobrem
E das chuvas que trago no corpo, são as tuas gotas que adoçam o meu paladar, por que te provo e se te devoro com as mãos, elas caminham densas sem direção ...
segunda-feira, 1 de novembro de 2010 - 12 comentários
Pra que falar de amor?
Se as tuas palavras silenciam os meu olhos quando te encontro os lábios?
Que seja doce esse amanhecer de peles
Esse encontrar de alma
E se eu me perder
Eu sei
O caminho das tuas mãos...
domingo, 31 de outubro de 2010 - 4 comentários


Dos teus olhos, a lembrança que tenho é sempre aquele jeito molhado de dizer calado o que te gritava dentro , eu te ouvia com os meus e me coração te falava mais que qualquer olhar pudesse transmitir e eu sei que me entendia.

E não era preciso tanto me lembro do último natal, eu passei por ti

e você me puxou pelo braço, me abraçou apertado e me disse:

Eu te amo!

Foi o nosso último natal.

Foi o nosso último

Eu te amo!

Ainda não me acostumei com o vazio, talvez por que no fundo ele não existe,

Não, o vazio não existe

Quando minha memória insiste em te buscar e isso acontece 24 horas por dia

Tu preenches o meu pensamento

Não, o vazio não existe!
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Por que as vezes eu me recolho na palavra e me aconchego em seu colo, há uma cumplicidade entre os meus pensamentos, que ficam intensos quando as letras me acarinham...

Hoje deitei-me sobre o papel, com o ouvido bem encostado ouvi o teu pulsar, era o meu coração que batia veloz, numa corrida contra o tempo de dizer o que gritava cada batida...

Eu sonho em ser apenas uma folha branca, nunca preenchida, tenho nas mãos as reticências da vida...
terça-feira, 26 de outubro de 2010 - 4 comentários
Me vejo...
Me busco nos braços da noite
E procuro o que
Sorri o meu espelho...
De quando em vez ele me olha e diz:
Enxerga-te!
terça-feira, 19 de outubro de 2010 - 3 comentários


De quando em vez
Uma constante onda me banha o tempo
Encharca os momentos
E faz intenso todo o verso nu
Cru
Que absorve cálido cada gota
De pensamento
Choveu por toda noite
E ainda chove aqui
Refletindo claras saudades banhadas
Por essa lua imposta, escondida...
Eu gosto deste convícto temporal
Desse trovejo com esperanças de manhãs
E num misturar de chuva e sol
São as cores da tua íris
Que me salvam o dia...



E a chuva passa !


terça-feira, 7 de setembro de 2010 - 7 comentários

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"Tudo em mim se transforma em labaredas
Esfriadas pelas águas que saciam o meu coração, são de azuis celestes essas águas que me escorrem tentando alcançar as suas mãos”


Quando as águas se turvam e o tapete azul alcança meus pés eu caminho ao teu altar, nesse passar de horas que te dão um dia a mais sobre os meus pensamentos
Telas vividas transpassam os meus olhos e te vejo imaculado adornado em minhas mãos.
É uma mistura de frio e calor onde a força do meu pulsar pudesse abrir o mar com as mãos. E glorifico o mar, por que nele navega meu coração, em tua direção, coração se turva, se curva, grita, dança desespera e acalma porque te encontra.
Sem pretensões, interrogações ou intenções de parar o tempo apenas vou seguindo calmamente adentrando a tua história
E quando teus olhos procuram os meus, quando nossos pensamentos se ligam com aromas de manhãs, toda a natureza aplaude, porque são esses aromas de maçãs
Que me trazes pelo vento.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010 - 3 comentários

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segunda-feira, 2 de agosto de 2010 - 5 comentários

Desamarrotar memórias era isso que importava agora, já que a arrumação das gavetas começaram, a mala aberta como se lá pudesse jogar os sonhos dobrados e a esperança desenlaçada nas camisolas de seda, renda e cetim...
Era noite e a lua gritava no céu, seus reflexos me atingiam como holofotes virados para o lado do ator, no meu caso numa única cena... A minha vida, o meu quarto a minha mala.
Não é fácil embarcar no improvável, quando ele não tem destino, não é fácil percorrer o mar andando sobre as ondas, não é fácil voar com pesos maiores que as asas suportam...
Sentimentos com cheirinho de infância vão a meio às memórias, batons, perfumes, maquiagem, quando eu não mais insistir em me definir nos reflexos do meu espelho... Ah! sempre os espelhos que ando ganhando ponto, ou perdendo com eles. Não, não há mais a menina, esta guardou-se na mala do lado das caixinhas de inocência, e tantas coisas deixadas que devo abandonar...
Abandonar saudades, Ah como seria necessário, como seria correto esse desprendimento do que dói...
Eu sinto o renascimento do sol, digo adeus à lua, é hora de fechar-se, hora de partidas e renascimentos, hora de saídas e encontros, hora de despedidas sem lágrimas, por que no peito sorrisos de novas flores enfeitam o jardim.
Sinto-me como se toda leveza me desse as mãos, e toda mudança ocorre como átomos em disparadas em rumo a transformação,
Hoje ao olhar para mim, tive a certeza de que vale o sim...
sexta-feira, 30 de julho de 2010 - 1 comentários



quinta-feira, 15 de julho de 2010 - 4 comentários
É como se as linhas que reescrevem os momentos fossem escritas de lápis branco e todas as possibilidades de fazer um chão num papel ficasse voando apenas no céu, reinventando miragens de cima do que o pensamento realmente precisa,
E toda escrita que preenche o papel representasse a liberdade
Que grita...

terça-feira, 13 de julho de 2010 - 3 comentários

sábado, 12 de junho de 2010 - 5 comentários
A saudade me abraça quando te escrevo em poesia...

E o verso corre lento
Traçando caminhos sobre a pele
Onde transpira seu suor
Que sinto intenso
Quando te amo
Em pensamento...
sexta-feira, 4 de junho de 2010 - 2 comentários

quarta-feira, 2 de junho de 2010 - 3 comentários

terça-feira, 18 de maio de 2010 - 7 comentários



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sábado, 8 de maio de 2010 - 5 comentários

Eu sempre tive aquela sensação de céu quando estava em seus braços.
E voava numa paz infinita
Sua voz sempre me espantou o medo
Suas mãos sempre me mostraram a direção
E seu coração sempre me ensinou o que é o amor...
Olhando nos teus olhos
Tenho a certeza de que Anjos existem.
segunda-feira, 26 de abril de 2010 - 6 comentários
" A noite me esparramou palavras que bastaram para eu adormecer"

Minha cama vazia me chama
Meus lencóis me abraçam
Meu travesseiro segredam meus desejos
E te busco num gosto de sonho bom
Não desejando mais acordar...
quarta-feira, 21 de abril de 2010 - 3 comentários

Escorre-me um verso
Vazio de saudade
O pranto segue o curso
Da fria face
E gela
E salga
E some...
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Traduzir silêncios
Com pele tatuada em notas frias
Rebeldia
Que me ama de noite
E me mata de dia...
sexta-feira, 16 de abril de 2010 - 8 comentários
Que bom filho ter você de volta depois de mais uma semana intensa no hospital
Agora posso ver seu sorriso
Ver o brilho dos seus olhos
Sentir seu abraço
Você é minha vida

Te amo
domingo, 11 de abril de 2010 - 9 comentários


O sol pousou no horizonte
Transformando meus olhos cor da noite
E quando o breu me alcançou
E quando todas as forças se foram
Teus olhos se abriram para mim
E via a luz
E via sorriso meigo de ternura e de magia
E vi milagres me escorrerem pela face
O sol surgiu de trás das nuvens
E teus olhos azuis de céu
Me mostrou de onde vem minha força.
sábado, 3 de abril de 2010 - 5 comentários

Ouso a fugir de mim
Me encontro em outra face
Me vejo memórias no espelho
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Abraçar o tempo e me reecontrar passado

Feridas vertem, me escorrem.

Saudades que o tempo não cicatrizam...

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Até quando vou carregar os vazios sobre as costas?
Vazios me pesam...

segunda-feira, 29 de março de 2010 - 8 comentários

É como se uma força maior abraçasse o verso
E fizesse dele meu instante mais insano
Profano
Singular
Problemático
Audacioso
E quando estes instantes me abraçam apertado
Me vazo...
Meus braços alcançam os poemas.
Por que não resistirei ao verso tenso,
Intenso,
Versos velozes e despertos,
Os meus versos não guardam segredos.
domingo, 21 de março de 2010 - 15 comentários
E desabrocha uma prosa
Nesse dia que é meu
De novo? Como passou rápido
O que de bom me aconteceu?
Nesses anos todos só desejo ser mais eu...
E que venham mais trinta...
Mais trinta...
Mais trinta...
E um..



Uma data, antes era a tão esperada, hoje já não mais, com o passar dos anos a gente não se ilude muito com essa história de aniversário, acho que é pra não ver que o tempo está passando,mas então por que nesse dia a gente fica tão sentida?
O dia amanheceu e anoiteceu, nem por isso por um número de calendário algo mudou significamente no mundo, quero dizer que uma data é apenas uma data, e nossa vida não se define por ela, mas pelo que fazemos dela todos os dias... apesar de saber disso de novo estou sentida, por que fazemos a retrospectiva, agradecemos e comemoramos por ter tido mais um ano.
Avaliamos as sementes que plantamos e as flores que colhemos e é sempre hora de renovar o canteiro.
Se minhas flores crescem no meu universo, é por que as cultivei no meu caminho, e tive ajuda de vários jardineiros, jardineiro pai, mãe, irmãos, marido, filho , família e amigos que põe uma sementinha aqui, um sementinha ali, e assim vão enchendo a vida de perfume. Hoje minha vida exala agradecimentos a todos os jardineiro que passaram por aqui, que me lêem, que me comentam, que sempre estão presentes...


****** Obrigada ******
De coração!



sábado, 20 de março de 2010 - 5 comentários

Passos incertos.
Meu pés tentam alcançar
Por onde andam meus versos?

Pensamento voa...
terça-feira, 16 de março de 2010 - 5 comentários
Que seja doce
Ou amarga
Mas que seja só minha
Porque a incompreensão das coisas não bastam
Mas elas ferem o dia, mesmo que amargo disfarçando o sorriso,
mesmo que doce sangrando por dentro.
E quando me recolho para meu inverso, meu avesso,as madrugadas me alcançam...
Por que são nelas que a insistência teima em brotar...
Por que são nelas que a palavra escorre esperando um novo amanhecer
Um novo gosto...
sábado, 13 de março de 2010 - 4 comentários

domingo, 7 de março de 2010 - 5 comentários

UM FLOR
A TODAS NÓS MULHERES
PELA DELICADEZA
PELO DOM
PELA VIDA
PELA FORÇA DO AMOR MAIOR QUE NOS UNE
PELA LÁGRIMA
PELO SOFRIMENTO
PELA CORAGEM
PELA FÉ...

quinta-feira, 4 de março de 2010 - 9 comentários

Quando o silêncio da noite me abraça
Repouso...
são estes silêncios que te trazem nas memórias.
São estes silêncios que dizem tanto quando pulsa o coração disparando saudades...
Quando a lua me aconchega
Invento
Possibilidades de claridão de olhares, de pratear-me a sua luz, de venerar os seus encantos...
É como se o silêncio e a lua fossem desejos inacabados, revoltados pela falta de presença
Ausência tua que pintaste as paredes vazias.
O sol me visita por vezes, me beija a face e se vai
É como se eu sentisse seu beijo...
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010 - 8 comentários
Os sonhos me pousam
Quando alcanço as asas dos pensamento
Que voam distantes...
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010 - 7 comentários


Um vento
Um momento
Um pensamento
E esse ímpeto de mover montanhas para alcançar o aconchego dos braços
Horizonte largo na dimensão do sentimento
Que me faz saber de mim
Saber das minhas raízes que se libertam
E que despertam...
E no acaso do tempo quem sabe o vento
O momento
O pensamento
Fará plantar-me assim
Enraizando-me
Na esperança de lançar as folhar e amenizar o destino que cansado
Se recolhe em minhas sombras

E se o destino te traz, eu me floresço
E para sempre em mim...
Primavera!
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010 - 10 comentários

Meus tumores vazam
Meu choro os esvaziam
Não se deve guardar dores em caixinhas de presentes
Minhas dores desenlaçam...
domingo, 14 de fevereiro de 2010 - 4 comentários


Hoje mais um João virou estrela, como dói ver estrelas subindo para longe de nós,
Tantos brilhos ainda tinha para brilhar
Tantas faces ainda tinha para iluminar com seu doce coração,
Mas uma mão cruél sem coração, o atirou, o tirou de nós
Um roubo,
Um tiro
Uma dor
Imensa dor
Daqueles que ficaram sem você
Por que tinha que ser assim?
Hoje nosso coração está escuro
Devolvemos ao céu mais uma estrela que
Deus nos deu
E coração escuro chora saudades...
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010 - 2 comentários






Meu corpo anda seco de sementes
Aquelas plantadas com carinho que se colhem com atenção
Terreno árido
Corpo seco
De vez em quando me pousa um passarinho
Me cisca um canto
E eu me esperanço...
domingo, 7 de fevereiro de 2010 - 6 comentários



Ando com manias de pensamento
De organização da casa
De arrumação do que fica aqui dentro
De ajeitar cada coisa em seu lugar
Cada móvel ao meu canto
Minhas janelas sempre se abrem
E estou tentando ver além delas
Mas minhas portas ainda ficam fechadas
Ando com manias e pensamentos
De arrumação de gavetas
Encontrei no coração algumas lembranças guardadas
Embrulhadas num papel de bala
E como eram doce aqueles risos que ainda procuro
Devo revirar meus baús
Sentar-me a beira de mim
Procurar-me perdida
Em algum laço de fita...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010 - 11 comentários
Silêncios
Pausas
Lembranças
E infinitos desejos de dissolver vazios, por que vazios nos enchem?
Aborto de sonhos, vestígios de esperanças a desaguarem na lama
Que se misturam a noite, que se misturam a dor, que se misturam aos silêncios, pausas, lembranças...
Tentativas de abraçar possibilidades, de abraçar verdades, de abraçar intensidades que dispersas procuram seguro abrigo.
FeridasMarcas de outras vidas... que se buscam sós
Sangrias palavras que não lavam almas
Palavras cortantes
Pulsantes em injustiça que atiça...
Que carniça,
Que tranpira Fétidas ...
Silêncio
Pausas
Lembranças...
Que se desalinham e se enroscam em cruéis corações que desarmados, desalmados nos cortam com falsos diamantes...
E nem o brilho dos olhos ficam nas pedras...
terça-feira, 26 de janeiro de 2010 - 7 comentários


Estrelas me entram pela janela dos olhos quando a noite me invade.
Ora, ouvir estrelas?
Não, não quero ouví-las,
Quero apenas sentí-las
Pois se as sinto, ainda sei que permaneces em mim.
Por que há brilhos nos meus sonhos

E estrelas nos teus olhos...
domingo, 24 de janeiro de 2010 - 8 comentários
"Por que elas sempre me roubam os sentidos, mesmo tocadas em silêncio"

Uma rua, tantas vidas.Tantos passos, tantas idas.Tantas caras, tantos risos
Tantas faces, tantas dores
O que eu ouço por vezes alcanço com as mãos, que invisivelmente atrai para si pensamentos alheios.
Não, Não tenho poder para tal, Não leio mentes, nem tenho visão tridimensional.
As vezes nem queria ver nem ouvir, mas minha alma insiste em guardar no meus bolsos essas visões, esses sons, esses desejos e emoções.
Por que vejo então?
Meus bolsos estão cheios de músicas tocadas pelas ruas, músicas tristes, alegres, lentas ...
Em cada face uma música, que não sai da boca, mas dos olhos, do coração.
Uma sociedade in(consciente) que produzem ecos aos meus ouvidos, que produzem cores aos meus olhos, que produzem lágrimas à minha alma.
E quando as ouço, ouço uma triste melodia, marginalizada assim como quem as canta, orações perdidas de uma criança chorando tons, do velho na calçada, da esmola não dada, da doença impregnada.
Sons doentes .
Valsas tristes, solitárias desses músicos que compõem suas vidas, que tocam os olhos, que dá pausa ao coração.
Meus versos são tristes? não, são apenas melodias de bolsos tirados das ruas.
E é hora de esvaziar os bolsos para não interiorizar essa canção.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010 - 5 comentários
Adormecido
Um poema adormecido na imensidão da madrugada, embalado pelo son do silêncio, adormecido como o sol à espera do despontar da aurora, adormecido como a princesa à espera do príncipe para despertá-la, para desposar suas rimas e tons.
Um poema esquecido, à deriva da imensidão, perdido na canção que se dispersam em sonhos. Ao menos ouvisses as canções que vibram sem acordes, livres nas pausas e nos timbres que tocam as letras.
Um poema que adormecido se vê como forma de sustentação, de redenção e até ilusão.
Um poema que se prefere assim, pois quando dormes te encontra em suas linhas.
Linhas trêmulas, que ainda desenha príncipes e pincesas, que desenha uma mínima possibilidade de existência nesses contos de fadas, transformados em contos reais, por vezes tão reais que se fazem dor.
E durante esse profundo sono, sonâmbulas vontades ousam escapar pelos versos, vontades embriagadas de nostalgia, de descrenças às possibilidades que ousam marcar o papel, o meu papel... a minha vida... as minhas páginas...
Deixo dormirem todas as palavras, todos os sonhos, toda poesia
E no silêncio que ainda me sobra canto uma cantiga de ninar...
Dorme poesia...
Dorme hoje
Por que amanhã é outro dia...
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010 - 4 comentários


Ela surge de mansinho e me entra
Me penetra alma adentro e venda meus sentidos
Um labirinto, um encontro perdido
Não me bastaria o silêncio da noite
Agora roubaste minhas estrelas
No meu chão, o que cortam meus passos são os cacos do que me sobra
Cortes, marcas, feridas
Alma contida, uma sede
E bebo do chão que me resta essas poucas gotas que me sobraram nas veias
Agora roubaste minhas estrelas
E eu tive que voltar ao céu para chorar
A imensidão desse céu por vezes me desce
E tenta me tomar
Já é tarde
A noite me tem...
sábado, 9 de janeiro de 2010 - 7 comentários
E sobe aos sentidos o cheiro de terra molhada
A noite estava calma, lágrimas serenas escorreram pelas janelas
Despedindo-se dos céu que antes tocara...
Elas lavam caminhos e levam dores... que são tantas e infinitas
Quais caminhos? o que fica? o que me fica?
Por que essa chuva me dói tanto, tudo chove aqui, escorre face abaixo perdendo-se na enxurrada da noite, o silêncio me rasga a alma, o pensamento exala pelos poros, sangra no coração...
Silêncio, silêncio, chuva
Um frio, calafrio, náuseas, tormentas
Dor intensa...
Que as chuvas não levam
A noite me entra
Me toma os olhos,
Olhos que adormecem...
Despedidas
Das chuvas, dos pensamentos, dos versos que foram vida
Dos sonhos que ja não me cabem
De tudo o que já não me basta...
Despir-me dos apegos que não necessários me encontram
E tudo foge dessa realidade, que só quer descanso
Descanso...
Descanso...
É hora de repousar o passado, descansar as entrelinhas, e dar tempo aos olhos.
E tudo perde, se perde nessas águas que de mim buscam calmaria...