quarta-feira, 11 de dezembro de 2013 - 6 comentários
Queria a simplicidade do riso a fazer-te feliz
Queria a leveza do toque a embalar-te o sonhar
Queria a maestria das notas a levitar-te os sentidos
Queria a doçura do beijo a entregar-te o sabor
Queria ser-te amor

Queria tirar-te a dor das pedras que jogo
a profecia do verbo das frases que rogo
queria implorar-te perdão
e dizer-te da minha ingratidão, solidão, ilusão
do que não sou
do que não tenho
do que nao dou
nao sei dar sentido ao vazio que me habita
preencher o lado que grita
por fome de mim... de fim...
sou pó, poeira fina e resto de nada, grão pequeno na estrada
gota de angustia que pulsa
num pulso falido
sou falho, fiasco, mundo torcido
banido, perdido, vagão sem um trilho, estrada
sou nada
sou nada...
resto
dejeto
asas sem voo
vidro cortante
sangue esgotante
fétida deserta
aridez e rispidez
sou nada, sem lei

sexta-feira, 15 de novembro de 2013 - 3 comentários
Que a maldade não me tire a esperança de acreditar na racionalidade humana.
domingo, 3 de novembro de 2013 - 3 comentários
São simples as coisas que garantem o riso

quinta-feira, 19 de setembro de 2013 - 3 comentários

Desolação





  Imagem: Fabricio Ismael Versali

As vezes esse vazio do coração enche-me o olhos que transbordam emoção

Escorre pelo verso um não, razão de ver as coisas como são e não como gostaria que elas fossem... Eu sinto pena de mim mesma, sinto pena e ao mesmo tempo uma raiva constante de me ver parada, preciso dessa força que levanta, desse ar que acalma...

quarta-feira, 11 de setembro de 2013 - 9 comentários

É assim que te invento...



 “Silenciei minha alma
Quando o teu sorriso contagiou o verso
Nada sei das palavras... Nada sei!
Só sei das histórias que invento
No imaginar o teu tempo”

Pulsam nas linhas memórias descritas, teus versos
Enredos distantes, como música aconchegante
Olhar de intensidade, vontade!
Abre-se à vida, tempos e risos
Teus sonhos descritos de menino
É assim que te invento
Menino atento, com um brilho no olhar
Esperanças, sonhos, mares a navegar
segunda-feira, 9 de setembro de 2013 - 3 comentários

Gosto de te ver sorrir



Gosto de te ver sorrir rompendo o verso
Como uma semente apaziguando a terra
Replantando palavras, florescendo jardim
Gosto de te ver sorrir e isso já é poesia
Que nasce em mim...
domingo, 8 de setembro de 2013 - 3 comentários

Palavras queimam...

Palavras rasas queimam o coração, encharcam os olhos
Acendem a solidão...
Gota D'água
Para o fim da ilusão...


terça-feira, 3 de setembro de 2013 - 1 comentários

Sei o caminho do céu...

 Chegou a hora de morrer!
De abandonar o voo e lançar-se dentro,
Pausar o tempo e sair do verso.
Embarcar nas lágrimas que correm pelo papel e desaguar no fim de toda dor.
Chegou a hora de morrer!
De esconder a lua e vestir a inspiração, de entregar nas linhas das mãos
O destino incerto selado pela triste palavra de aflição
Eu que já morri tantas vezes, sei o caminho do céu.
Não há tempo para esse véu de estranhamentos,
Sepultar vazios,
Vestir-se de noite.
E chorar...
Chegou a hora de gritar os silêncios perdidos
Abortar essa tristeza e expulsar as verdades
Abrir as portas dessa insanidade oca de saudades e vazios
De preces feitas e urgentes.
A alma precisa de alívio e calmaria,
De pausa e canção
Apenas uma, que a conduza à imensidão
E a esquente dos dias frios...
quarta-feira, 21 de agosto de 2013 - 4 comentários

Navegante...





 Pensamento navega num mar de incertezas ancorando memórias desfeitas, gritos de marinheiros perdidos procuram a direção do cais, uma bússola desgovernada orienta o caminho errante, tristes cantos, canto ausente.

A lua agigantada pelo cheio se desfaz e chove nesse canto de sereia triste, chove tempestiva lembrança, naufragada também nesse barco de mim... Sou assim, onda vazia carregada sem rumo, onda vazia perdida no mundo, sal e dor.

Se eu soubesse definir esses tombos, assombros que ferem retinas, assombros que balançam paredes abandonadas como a velha casa esquecida, são as águas borbulhantes desse querer de dentro, dessa fonte paz, desse poço aberto que pedem por hora a paz.

São essas águas que levam, que descem, que rolam o pensamento, que procuram histórias perdidas em garrafas pelo mar, as minhas garrafas ilhadas no ousar distante...

As minhas garrafas sem luar!

E o pensamento navega...
terça-feira, 13 de agosto de 2013 - 4 comentários
 A minha dor dorme baixinho
O meu silêncio grita sufocando o peito
A minha morte agoniza a pele
E meu desespero espera lento 
Essa madrugada que parece não ter fim...
E vai morrendo um pouco de mim
segunda-feira, 12 de agosto de 2013 - 9 comentários

Solidão...

Papel,
Caneta
E saudade nas mãos...



- 4 comentários
 (...) A gente vai aprendendo a doer devagarinho
A gente vai se inflamando por dentro
Até chegar o ponto de vazar o olhar
sábado, 10 de agosto de 2013 - 1 comentários



Em noites tristes, uma pseudo alegria
A vida é tanta distância do que se queria

E os risos desenhados,

No fundo eu entendia o olhar magoado

E os olhares,

Tudo estava lá

As cores,

A dança,

E a batida leve do pulsar choroso

Do impulso mudo

Que gritava dentro

A lua, o céu

O seu cheiro

O brinde

A saudade que cortou o sábado

A foto que estava reservada

E o lugar à mesa tão teu...

Tudo desenhado há dias

E a presença que não se fez

Que não tem volta

E a revolta pelo lugar vazio

E  uma longa pausa aqui dentro

Dessa saudade que angustia



“Ele se foi”