Talvez eu tentasse descrever a noite que me pesa e o frio que me estanca a alma
Esconder os vazios que sugerem o riso,que indicam passos rumo ao que não se vê
Eu sei que andar passados congela imagens que deveriam se gravar no tempo e tento seguir caminho memo quando a noite chega.
Eu sou a mesma menina que tem medo da chuva e que tenta se aquecer do frio
Eu sou a mesma menina que voa nos instantes do olhar, querendo interpretar os sonhos
Eu sou a mesma menina que vende o dia em troca de um sorriso
Que come o amargo da solidão, que escreve nas mãos as esperanças
Não sei do destino que me leva, que me deixa a deriva do que posso tocar
Eu sei que não posso tocar o céu
HOJE deslizaram vazios dos meus dias e os sonhos tantos que outrora riam
congelaram-se na frigidez da lágrima
Hoje eu chorei por você
E não encontrei em nenhum canto o calor da tua voz que me aquecia
Voltei como tanto não fazia
A ser a mesma menina fria!