Por que eu só queria ter a certeza que os sorrisos fossem eternos
e eternizaria o verso que me fez voltar aos meus regressos
e voltaram as madrugadas de antes, a face parada pro nada
e voltaram a lentidão do pulsar, esperando a noite cansada chegar
de nada servem as janelas abertas, porque as asas dos meus dias
são amargas e frias e todo canto desfaz-se sobre a noite que me pesa nos ombros
e todo ombro cansado, jaz em sonhos impregnados
de ilusões, nostalgia e silêncios
roubaram-me a lua e deixaram a escuridão, os dias tristes evocam a solidão
e com ela adormecem as mãos, as vontades em vão...
adoecem os sentidos rasgados pela falta da paixão
perdi-me no labirinto da dor
e hoje não mais insisto... resisto apenas
sobrevivo com o não e adormeço
dispersa na imensidão!