domingo, 31 de outubro de 2010 - 4 comentários


Dos teus olhos, a lembrança que tenho é sempre aquele jeito molhado de dizer calado o que te gritava dentro , eu te ouvia com os meus e me coração te falava mais que qualquer olhar pudesse transmitir e eu sei que me entendia.

E não era preciso tanto me lembro do último natal, eu passei por ti

e você me puxou pelo braço, me abraçou apertado e me disse:

Eu te amo!

Foi o nosso último natal.

Foi o nosso último

Eu te amo!

Ainda não me acostumei com o vazio, talvez por que no fundo ele não existe,

Não, o vazio não existe

Quando minha memória insiste em te buscar e isso acontece 24 horas por dia

Tu preenches o meu pensamento

Não, o vazio não existe!
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Por que as vezes eu me recolho na palavra e me aconchego em seu colo, há uma cumplicidade entre os meus pensamentos, que ficam intensos quando as letras me acarinham...

Hoje deitei-me sobre o papel, com o ouvido bem encostado ouvi o teu pulsar, era o meu coração que batia veloz, numa corrida contra o tempo de dizer o que gritava cada batida...

Eu sonho em ser apenas uma folha branca, nunca preenchida, tenho nas mãos as reticências da vida...
terça-feira, 26 de outubro de 2010 - 4 comentários
Me vejo...
Me busco nos braços da noite
E procuro o que
Sorri o meu espelho...
De quando em vez ele me olha e diz:
Enxerga-te!
terça-feira, 19 de outubro de 2010 - 3 comentários


De quando em vez
Uma constante onda me banha o tempo
Encharca os momentos
E faz intenso todo o verso nu
Cru
Que absorve cálido cada gota
De pensamento
Choveu por toda noite
E ainda chove aqui
Refletindo claras saudades banhadas
Por essa lua imposta, escondida...
Eu gosto deste convícto temporal
Desse trovejo com esperanças de manhãs
E num misturar de chuva e sol
São as cores da tua íris
Que me salvam o dia...



E a chuva passa !