sábado, 30 de março de 2013 - 3 comentários
 Quando Deus nos fez poesia
Ele coloriu sorrisos e olhares
E pintou na tela da existência
A suave presença da cor...
Renovou o tempo, coloriu o vento
Deu asas ao amor!
Quando Deus nos fez poesia
E dividiu as linhas do meu verso
Te fez o meu poema mais complexo
E nas entrelinhas da canção
Colocou a cor da emoção
E espalhou o amor no universo
E desde então confesso
Que a luz dos olhos nossos
São apenas reflexos
Desse amor das mãos de Deus
Que encanta os olhos meus
De um poema desconexo!

Quando Deus nos fez poesia...
Ele fez também a magia ♥

quinta-feira, 21 de março de 2013 - 0 comentários



Desnudei o verso
Como quem rasga o ventre
E no espelho nu
A ousadia indecente das letras
Transcenderam
Desnudei o verbo que foi redenção
Que foi salvação
Que foi encanto e perdição
E a melodia da alma
Emudeceram e extasiaram
(Fascinaram-se frente à fundição do amor)
O amor que procurou-me
O amor que encontrou-me
E de novo prometeu-me sonhos...
 “E são teus”disse ele

_Sim, são meus porque o mereço
Porque necessito
Porque com ele o meu verso/vida faz sentido
E amaram-se novamente na paz
Na ousadia dos verbos, do olhar

 Desnudei a alma (amor)
E entreguei-te
E para sempre no sorriso do céu
Aquele nosso céu...
De estrelas cadentes
Somos sonhos feitos no papel!

sábado, 16 de março de 2013 - 1 comentários




Tenho nas mãos bolinhas de sabão coloridas

E olhar carente que vagueia longe buscando a cor que se perdeu...

Eram coloridos os nossos sonhos, as descobertas que molhavam o riso quando você apareceu...

E eu soprava ao céu as cores do meu olhar, tentando afagar seu rosto que meu pensamento insistia em observar...

Tenho nas mãos as bolinhas coloridas que contavam nosso enredo, segredos tantos de um amor que escorreu pelos meus dedos...

Elas se vão com o vento... Escapam das mãos... Estouram no chão e desfazem o meu riso...

Eu tenho não ser triste e não chorar, tento ser fortaleza e agüentar...

Tento por alguns momentos da realidade me afastar e voltar  a sonhar...

Eu tento...

Voltar no mundo que eu invento
sexta-feira, 15 de março de 2013 - 0 comentários
Nos olhos que procuram longe
A vontade de se encontrar
Grita pra dentro o amor
Onde está? onde estará?

De tantas buscas desfeitas
Que minhas mãos escreveram
Fica   a mágoa  o rancor
Do abandono que  vieram

Se pelo céu dos meus olhos
A morte me espreitar
Queria ter ao menos sentido
O gosto de se (me) amar

Pontiaguda é a lágrima 
Que corta o coração
Fazendo-me enxergar
Que se doar é em vão

Dentro de mim retalhada
Vive uma casa vazia
A tristeza habitou, 
Expulsou a alegria

Cárcere coração
Nada pode mais fazer
Abandonar essa vida
Resolver parar de bater...



quarta-feira, 13 de março de 2013 - 2 comentários
De dentro escorre a dor
 A solidão que se presenteia em laços grandes e vermelhos
Enganando o olhar
Mentindo como sempre fez...
Eu aborvo o pranto que se faz novo
E não acredito em nada do que as estrelas me dizem 
Meus olhos vagueiam distantes
Sem horizontes e sem buscas
É assim
Que as noites tem se tornado
Tormentas mergulhando olhar
Vendo a falsidade flutuando no porvir das palavras...

domingo, 3 de março de 2013 - 0 comentários
 Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

(Pablo Neruda)