Coisas de dentro

É tão estranho... De repente você vê teus sonhos transformados em pó
Desmoronando cada pedra... cada história.
Vem a certeza de que não há alicerces suficientes para ser grande...
E eu ainda tão pequena nessa fragilidade da alma
Eu queria superar as ruínas que aqui ficaram... que aqui ficam
Queria ter a chance de reiventar um novo conto
Sonhado com as cores tantas do passado,
Reinventar sorrisos, 
Estou frágil, estou só, estou  pó...
Arrastado pelo vento seguindo um curso qualquer
Não sonhos... não há fadas
Há uma cruel realidade onde eu posso contar apenas com a minha dor

E mais nada!

Hoje pareceu-me o primeiro dia
Primeiro olhar, primeiro encontro
Primeira canção que cantaste aos meus ouvidos
Hoje pareceu-me a primeira saudade
O primeiro verso de amor, o primeiro toque
A primeira dança, a primeira espera
Tanto tempo já faz e os sentimentos escapam do olhar
Como se fossem únicos, mais do que o passado todo
Menos do que o amanhã que se apresenta.
És único, único a cada dia, fazendo os meus sonhos
Poesia!
Tanto tempo esperei esse encostar de almas
E quando me acarinhas com suas palavras eu tenho a certeza...
Meu coração se acalma e contenta-se em saber-te meu
Apesar de tanta rota desviada

(Perguntaram-me sobre o meu futuro, nada sei, saberei, apenas vivo você no meu hoje e hoje sua eu serei...

Dá-me a luz do teu sorriso para clarear a escuridão que envolve essa saudade
Dá-me a chave do universo, para adentar no teu mundo, no teu verso
Dá-me apenas o que eu preciso, teu sorriso abrigo, teu colo certo
E depois seremos poesia , nas letras que gritam alegrias
E de pausas e canções serão feitos nossos dias... nossas vias
E teremos a certeza que as almas mesmo ausentes,
Num futuro tão presente se amarão e jamais desistirão...
Dá-me a certeza... a clareza... pra acalmar meu coração!