sexta-feira, 20 de agosto de 2010 - 3 comentários

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segunda-feira, 2 de agosto de 2010 - 5 comentários

Desamarrotar memórias era isso que importava agora, já que a arrumação das gavetas começaram, a mala aberta como se lá pudesse jogar os sonhos dobrados e a esperança desenlaçada nas camisolas de seda, renda e cetim...
Era noite e a lua gritava no céu, seus reflexos me atingiam como holofotes virados para o lado do ator, no meu caso numa única cena... A minha vida, o meu quarto a minha mala.
Não é fácil embarcar no improvável, quando ele não tem destino, não é fácil percorrer o mar andando sobre as ondas, não é fácil voar com pesos maiores que as asas suportam...
Sentimentos com cheirinho de infância vão a meio às memórias, batons, perfumes, maquiagem, quando eu não mais insistir em me definir nos reflexos do meu espelho... Ah! sempre os espelhos que ando ganhando ponto, ou perdendo com eles. Não, não há mais a menina, esta guardou-se na mala do lado das caixinhas de inocência, e tantas coisas deixadas que devo abandonar...
Abandonar saudades, Ah como seria necessário, como seria correto esse desprendimento do que dói...
Eu sinto o renascimento do sol, digo adeus à lua, é hora de fechar-se, hora de partidas e renascimentos, hora de saídas e encontros, hora de despedidas sem lágrimas, por que no peito sorrisos de novas flores enfeitam o jardim.
Sinto-me como se toda leveza me desse as mãos, e toda mudança ocorre como átomos em disparadas em rumo a transformação,
Hoje ao olhar para mim, tive a certeza de que vale o sim...