sexta-feira, 31 de julho de 2009 - 2 comentários

Eu não abrirei a porta, dessa insanidade oca de saudades e vazios.
As nuvens passam diante dos meus olhos, recatadas e lentas, mas o tempo, esse voa em anos luz sem se perceber pelo vidro daqui, ontem choveu chuva salgada, que me fez sentir necessidade de água limpa, banhei o rosto gelei as mãos, saí a procura de flores.
Precisava conversar com alguém, mas o jardim estava vazio e murcho de cores e perfumes... Ousei clamar um brilho de estrela que passava por ali, fiz pedidos e pensei fortemente pra ela realizar esses desejos de estação. A lua me visitou eu fingi dormir pra ela não ir tão já, e lá fora vontades corria com o tempo a brincar de rodas com lembranças...
Ainda chove na janela e o barco prepara-se para aportar, abandonar o cais, o caos de dançar valsas na maré alta, sim, calmaria seria o mais apropriado termo da busca por aquela ilha onde se tem tesouros perdidos...
Ouvi o barulho das ondas nas pedras e um grito no céu, pousou gaivota nesses olhos da menina que brinca de voar mudanças, tudo está calmo, monotonia de tempo e de vento, serenidade da lua e tranqüilidade das águas,só se ouve um grito calado de coração vazio que regressa nas turbulências das ondas...

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Explodiu o coração
E vazaram todas as cores
A vazaram todas as dores
E o oco que ficou me dói
Porque até o vazio me pesa
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E os desejos de tornar os braços gigantes para abraçar os sonhos que estão a voar como pássaros em algum céu distante...
segunda-feira, 13 de julho de 2009 - 2 comentários

Hoje foi-se ao vento o cheiro de mais uma flor,
E virou-se mais uma página desse tempo que não entendo...
Aquele lugar, lá de novo , retornando as lágrimas
Hoje a saudade apertou o peito e a vontade de girar momentos passaram mil vezes pela idéia
E passaram também filmes e telas
Telas pintadas com vivências...
E foi triste a despedida
Foi triste ouvir murmúrios e gritos que não se consolarão
E veio o nó
Que finalmente
Escorreu pelo rosto...
As preces feitas
Os remorsos por não se fazer mais
E passou uma geração de sonhos
De histórias
De lutas
De filhos
sim, os filhos chorosos silenciados pela perda
Hoje eu vi que não te abracei o suficiente, e me percebi
Como parte desse mundo que ainda tenho tanto pra sentir
E sua história mesma com a página virada, está escrita no começo do meu livro
Sem você meu livro seria uma página em branco
Obrigada por ter feito parte da minha vida
Ao meu avô que faleceu hoje com 99 anos
" Deus tira de nós o que mais amamos. Quando menos esperamos e sem nenhum aviso. E a culpa? A culpa é da vida que tem inicio, meio e fim. A nossa culpa está apenas em amar tanto e sentir tanto perder alguém. Mas o tempo é remédio e nele conquistamos o consolo, com ele pensamos nos bons momentos. E no fim apenas a saudade e uma certeza: não importa onde esteja, estará sempre comigo." (Autor desconhecido)
quinta-feira, 9 de julho de 2009 - 2 comentários

Sensação de urgência, a alma precisa de alívio!
Não há serenidade,
O coração aflito busca a calma nas palavras...
Uma tristeza que vaga, se espalha, e enche o vazio do oco coração que habita,
Que pulsa em ecos solitários...
Conflitos na alma, um pranto inconsolável...
Notas que pairam num momento tão

Melodias sem sentidos
Passos vacilantes, que paralisam a mente
Caminhos acidentados...
Um apego ao fio
De esperança...
Ao menos que ainda seja vã, ilusória
Construindo refúgios que parecem ser seguros
Mas a calmaria está distante, num lugar ausente,
E o que me fere...
Esses gestos incrédulos que ainda permito...
E não há nada a fazer
A não ser limitar, meu mundo, no meu pequeno espaço, onde só eu possa me encontrar, estar, pertencer.
terça-feira, 7 de julho de 2009 - 2 comentários

E revolta-se o mar aqui dentro
Oceanos escorridos pelos cantos
Dos olhos que ainda busca calmaria
Há doces melodias lá fora
Há certezas tão vistas, mas ao que se percebem dos olhos meus,
Escondem-se.
E os pés sem asas, acorrentados pela amplidão dos medos.
E hoje o caminho seria mais curto
E não me importaria pra onde caminhar
Apenas seguir, sem rumo, sem destino,
E de novo os pássaros que surgem
Ausentes no seu vôo, ausentes de mim...
Pássaros que se despedem em euforia, porque serão.
Finalmente livres...
Livres dos versos que faço como ninhos
Livres para voar sem rumo
Mesmo que seja para se lançarem ao abismo...
sexta-feira, 3 de julho de 2009 - 3 comentários



É difícil argumentar o tempo, ou momentos, difícil argumentar palavras quando elas insistem em sair pelas frestas da emoção... É difícil conter as letras e acalmar um turbilhão de sementes cores, dores e sons. E quando não há argumento algum ou noção do que se faz, é nos versos que embala a voz da alma que se acalma.
"Por que palavra é calmaria...”
quinta-feira, 2 de julho de 2009 - 3 comentários
E canta no murmúrio dos versos
O pássaro que se sustem da melodia
E reclinado ao seu pesar, pousa.
Canta a vida nos cantos tristes de solidão
Encanta por vez a menina e seu coração
E é tanto canto e encanto...
Tantas notas e tantos tons
Que a canção escorre...
Rumo à face que a recria
Rouxinol, que pairou no céu distante do pensamento
E vem o vento...
E vem o tempo...
E os olhos desgarrados da menina
Encantada pela brisaQue ecoa calmaria...
Um pássaro
Apenas um pássaro
E a vontade da menina de prendê-lo
Engaiolar seu canto com seu coração
Mas pássaro nasceu para ser livre
E voar no céu da imensidão
Voa pássaro, mas deixa sua canção...