sexta-feira, 31 de julho de 2009 - 2 comentários

Eu não abrirei a porta, dessa insanidade oca de saudades e vazios.
As nuvens passam diante dos meus olhos, recatadas e lentas, mas o tempo, esse voa em anos luz sem se perceber pelo vidro daqui, ontem choveu chuva salgada, que me fez sentir necessidade de água limpa, banhei o rosto gelei as mãos, saí a procura de flores.
Precisava conversar com alguém, mas o jardim estava vazio e murcho de cores e perfumes... Ousei clamar um brilho de estrela que passava por ali, fiz pedidos e pensei fortemente pra ela realizar esses desejos de estação. A lua me visitou eu fingi dormir pra ela não ir tão já, e lá fora vontades corria com o tempo a brincar de rodas com lembranças...
Ainda chove na janela e o barco prepara-se para aportar, abandonar o cais, o caos de dançar valsas na maré alta, sim, calmaria seria o mais apropriado termo da busca por aquela ilha onde se tem tesouros perdidos...
Ouvi o barulho das ondas nas pedras e um grito no céu, pousou gaivota nesses olhos da menina que brinca de voar mudanças, tudo está calmo, monotonia de tempo e de vento, serenidade da lua e tranqüilidade das águas,só se ouve um grito calado de coração vazio que regressa nas turbulências das ondas...

2 comentários:

Ramon de Alencar 2 de agosto de 2009 às 19:00

...
-É uma época de maré vazante, mesmo com a lua cheia no ar... e há tantos, tantos que se irmanam neste sentimento comum...

Dani Santos 2 de agosto de 2009 às 19:47

há ventos de mudanças a soprar. como a palavra silenciosa e vaga que se busca. como o coração cheia de ânsia infinita de pulsar e pulsar. há flores nos jardins? os ipês estão florindo e ainda é inverno.

abraço grande pra ti. te amo muito.

que haja flores.

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