Talvez eu tente me esconderEsconder os vazios que pairam no meu coração
Eu que sempre fiz tudo em prol do amor
Hoje vivo numa constante solidão
Talvez eu tente esconder a tristeza
Deixar a ingratidão cair ao chão
E restaurar os passos lentos
Que viviam em sofredão
E me escondo
E me entrego a essa forma de se estar só
Porque eu tenho nos ombros o peso da ilusão
E foi em vão todo acreditar
Foi em vão toda promessa de reconstrução
E ficou toda dor, encharcando o olhar
Escorrendo lenta pelo chão
E abandonada a própria sorte
Sem esperanças e sonhos
Espero á minha morte
E que ela não venha lenta!
2 comentários:
Márcia querida,
Passei por aqui rapidamente para adicionar o seu blog aos links que sigo. Voltarei para ler seus lindos versos.
Um abraço, Jac.
Quem vive tão intensamente o amor não se pode esconder. A vida não pode ser tão madrasta ao ponto de empurrar para a solidão quem tanto luta para a sua afirmação. Este belo e dramático poema não pode ser mais do que uma “provocação” a essa mesma vida para que reconheça quem a quer usar em toda a sua plenitude…tal como ela nos foi oferecida e com o direito de uma fruição total…Este poema será, estou convencido, apenas uma passagem.
CPereira
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