sábado, 5 de novembro de 2011 - 2 comentários


Talvez eu tente me esconder

Esconder os vazios que pairam no meu coração
Eu que sempre fiz tudo em prol do amor
Hoje vivo numa constante solidão
Talvez eu tente esconder a tristeza
Deixar a ingratidão cair ao chão
E restaurar os passos lentos
Que viviam em sofredão
E me escondo
E me entrego a essa forma de se estar só
Porque eu tenho nos ombros o peso da ilusão
E foi em vão todo acreditar
Foi em vão toda promessa de reconstrução
E ficou toda dor, encharcando o olhar
Escorrendo lenta pelo chão
E abandonada a própria sorte
Sem esperanças e sonhos
Espero á minha morte


E que ela não venha lenta!

2 comentários:

Jacqueline 6 de novembro de 2011 às 14:27

Márcia querida,
Passei por aqui rapidamente para adicionar o seu blog aos links que sigo. Voltarei para ler seus lindos versos.
Um abraço, Jac.

Anônimo 8 de novembro de 2011 às 15:35

Quem vive tão intensamente o amor não se pode esconder. A vida não pode ser tão madrasta ao ponto de empurrar para a solidão quem tanto luta para a sua afirmação. Este belo e dramático poema não pode ser mais do que uma “provocação” a essa mesma vida para que reconheça quem a quer usar em toda a sua plenitude…tal como ela nos foi oferecida e com o direito de uma fruição total…Este poema será, estou convencido, apenas uma passagem.
CPereira

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