sábado, 9 de janeiro de 2010 - 7 comentários
E sobe aos sentidos o cheiro de terra molhada
A noite estava calma, lágrimas serenas escorreram pelas janelas
Despedindo-se dos céu que antes tocara...
Elas lavam caminhos e levam dores... que são tantas e infinitas
Quais caminhos? o que fica? o que me fica?
Por que essa chuva me dói tanto, tudo chove aqui, escorre face abaixo perdendo-se na enxurrada da noite, o silêncio me rasga a alma, o pensamento exala pelos poros, sangra no coração...
Silêncio, silêncio, chuva
Um frio, calafrio, náuseas, tormentas
Dor intensa...
Que as chuvas não levam
A noite me entra
Me toma os olhos,
Olhos que adormecem...
Despedidas
Das chuvas, dos pensamentos, dos versos que foram vida
Dos sonhos que ja não me cabem
De tudo o que já não me basta...
Despir-me dos apegos que não necessários me encontram
E tudo foge dessa realidade, que só quer descanso
Descanso...
Descanso...
É hora de repousar o passado, descansar as entrelinhas, e dar tempo aos olhos.
E tudo perde, se perde nessas águas que de mim buscam calmaria...

7 comentários:

Thyago Bezerra 9 de janeiro de 2010 às 20:33

O tempo paro
Se nega a passar
Até a Lua que sempre mudou
Parece que está minguando há anos
A lua nova não vem
O sol não volta a brilhar
Meu amor nunca chega

O Árabe 11 de janeiro de 2010 às 10:18

deixa que as águas carreguem toda a tristeza... para que possam brotar novas alegrias! :) Boa semana, amiga.

Nilson Barcelli 12 de janeiro de 2010 às 14:59

Gostei do seu poema, achei-o fabuloso.
Tem pormenores de imensa criatividade, por exemplo:
"É hora de repousar o passado, descansar as entrelinhas, e dar tempo aos olhos"
Querida amiga, boa semana.
Beijos.

Pena 13 de janeiro de 2010 às 23:56

Imprescindível Amiga De sonho:
Tudo aqui cintila de poesia extraordinária e doce.
Possui uma sensibilidade preciosa e maravilhosa.
De fascinar. Perfeita.
Adorei.
Beijinhos de parabéns sinceros.
Com o maior respeito e imbuído da maior admiração e estima

pena


Fabulosa.
Bem-Haja, perfeita poetiza amiga!

Anderson Fabiano 16 de janeiro de 2010 às 04:55

vim até aqui agradecer sua carinhosa visita e deparo-me com letras que mesclam beleza e tristeza, numa sinergia única.
vejo uma alma atormentada com respostas perdidas no tempo e uma essência em franca ebulição, em movimento, em vida, enfim.
saio que com a certeza que terei que voltar.
parabéns!
meu carinho,
anderson fabiano

ALUISIO CAVALCANTE JR 16 de janeiro de 2010 às 10:32

Cara amiga.

Penso que o texto nos remete a um tempo de recomeço.
Recomeçar é o maior sinal de que a vida continua a pulsar de modo intenso em nós.
Desejo de tornar-se plena.
Desejo de reencontrar com o que nos trará a felicidade plena.

Muito bonito o seu espaço.

Parabéns.

Mari Duenha 16 de janeiro de 2010 às 13:48

"A noite me entra
Me toma os olhos,
Olhos que adormecem..."

Linda, flor! A quanto tempo não venho aqui!?... O que importa é que aqui estou eu, e mais uma vez encantada com cada verso!

Beijo

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