segunda-feira, 18 de janeiro de 2010 - 4 comentários


Ela surge de mansinho e me entra
Me penetra alma adentro e venda meus sentidos
Um labirinto, um encontro perdido
Não me bastaria o silêncio da noite
Agora roubaste minhas estrelas
No meu chão, o que cortam meus passos são os cacos do que me sobra
Cortes, marcas, feridas
Alma contida, uma sede
E bebo do chão que me resta essas poucas gotas que me sobraram nas veias
Agora roubaste minhas estrelas
E eu tive que voltar ao céu para chorar
A imensidão desse céu por vezes me desce
E tenta me tomar
Já é tarde
A noite me tem...

4 comentários:

O Árabe 18 de janeiro de 2010 às 12:39

Belo. Também a tristeza sabe ser bela. :) Boa semana!

Helena Chiarello 19 de janeiro de 2010 às 04:06

É estranho como a gente parece passar uma eternidade em busca daquilo que deseja e acredita, e tudo parece tão estranho, tão alheio, tão longe...

De tanta busca, o cansaço.
De tanta espera, a descrença.
De tanta dor, a desistência.

E diante dos céus que poderiam ser estrelados, só conseguimos ver a noite... E ela nos toma, nos absorve e tem...

Minha amiga querida, teus poemas sempre fazem eco aqui...

Um beijo grande de saudade!
Amodoro vc!

Anderson Fabiano 20 de janeiro de 2010 às 15:04

vc me deixou sem alternativas: terei que voltar sempre.
suas letras teem a força da contundência e a confissão que restou aos melhores poetas.
vc me deixou, uma vez mais, sem alternativas: então, levanto-me e, solenemente, lhe aplaudo.
meu carinho,
anderson fabiano

ALUISIO CAVALCANTE JR 20 de janeiro de 2010 às 16:12

Cara amiga.

Este poema me fez pensar nas pessoas a quem entregamos nossos sonhos e desaparecem, ou ficam ao nosso lado com o corpo, mas sem a essência.
Mesmo assim amar sempre valerá a pena.
Melhor a dor de amar, do que o vazio de não amar.

Semana de sonhos para ti.

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