domingo, 24 de janeiro de 2010 - 8 comentários
"Por que elas sempre me roubam os sentidos, mesmo tocadas em silêncio"

Uma rua, tantas vidas.Tantos passos, tantas idas.Tantas caras, tantos risos
Tantas faces, tantas dores
O que eu ouço por vezes alcanço com as mãos, que invisivelmente atrai para si pensamentos alheios.
Não, Não tenho poder para tal, Não leio mentes, nem tenho visão tridimensional.
As vezes nem queria ver nem ouvir, mas minha alma insiste em guardar no meus bolsos essas visões, esses sons, esses desejos e emoções.
Por que vejo então?
Meus bolsos estão cheios de músicas tocadas pelas ruas, músicas tristes, alegres, lentas ...
Em cada face uma música, que não sai da boca, mas dos olhos, do coração.
Uma sociedade in(consciente) que produzem ecos aos meus ouvidos, que produzem cores aos meus olhos, que produzem lágrimas à minha alma.
E quando as ouço, ouço uma triste melodia, marginalizada assim como quem as canta, orações perdidas de uma criança chorando tons, do velho na calçada, da esmola não dada, da doença impregnada.
Sons doentes .
Valsas tristes, solitárias desses músicos que compõem suas vidas, que tocam os olhos, que dá pausa ao coração.
Meus versos são tristes? não, são apenas melodias de bolsos tirados das ruas.
E é hora de esvaziar os bolsos para não interiorizar essa canção.

8 comentários:

Pena 24 de janeiro de 2010 às 23:42

Olá, Amiguinha doce:
Um poema literariamente perfeito.
Um passar os "olhos" pelo quotidiano seu e dos outros. Fantástico. Adorei.
A indiferença é o sentimento das grandes cidades cosmopolitas, onde o egoísmo e a luta pelo interesse individual é uma constante do salve-se quem puder.
Excelente!
Um dos instantes mais belos e puros de poesia da Blogosfera.
Beijinhos amigos de respeito imenso.
Bem-Haja, pela sua amizade.
Sempre a admirá-la e a respeitá-la.
MUITO OBRIGADO pela ternura deixada no meu blogue.

pena


Linda...!
Bem-Haja, carinhosa amiga!

RENATA CORDEIRO 25 de janeiro de 2010 às 19:33

Minha Linda!!! O seu texto é muito sentido, maravilhoso, porque vivido. Parabéns e muito obrigada por surgir na minha vida. Por favor, não desapareça. Adoro pessoas carinhosas. Adoro você.
Deixo-lhe mil beijos********* + estas palavras do grande Poeta, que casam muito bem com as suas.
*Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos*
Fernando Pessoa.
+ Beijos
+ Flores
+ Amores
Renata

O Árabe 26 de janeiro de 2010 às 03:06

Belo texto, amiga! E faço questão de lhe dizer que todos os textos do nosso oásis estão à sua disposição, para serem publicados. Sinto-me honrado e agradeço pela divulgação da mensagem. Boa semana!

Pena 26 de janeiro de 2010 às 03:40

Oh, Amiguinha Linda:
Vai ao Youtube e põe a música a tocar.
Vai ao "incorporar" com a música a tocar, a música que pretende, aparece se colocar o rato a música a deslizar e faz copiar.
No lugar do Post, já no Blogger, coloca colar.
Aparecem uns caracteres que são o tema musical.
Insere o texto e já está.
Não sei se ajudei.
Sempre no maior respeito, estima e admiração.
Beijinhos amigos.

pena

Bem-Haja, fabulosa amiguinha.
Tudo de excelente. Merece.

Anderson Fabiano 26 de janeiro de 2010 às 03:49

li suas letras e me deu vontade de dividir com vc, um sonho.
alguém me disse, enquanto eu dormia: "corri tanto nessa vida que, creio, deixei minha alma pra trás. penso ser chegada a hora de parar e esperar que ela me alcance."
vou torcer pra que elas sirvam, de alguma forma, pra vc também.
meu carinho,
anderson fabiano

A.S. 26 de janeiro de 2010 às 04:25

Triste Flor,

"E é hora de esvaziar os bolsos para não interiorizar essa canção".

Belo final para um lindo texto poético!


Beijos
AL

Cristal de uma mulher 27 de janeiro de 2010 às 16:29

Linda amiga que bonito tudo aqui ,eu gostaria de ver o sorrizo e o teu sonho percorrer toda as estradas de tua vida.
Voltarei e beijos

Ramon de Alencar 7 de fevereiro de 2010 às 18:57

...
-E mesmo assim continuamos a dançar pelas calçadas...

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