quinta-feira, 19 de julho de 2012 - 0 comentários

De que vale todas as folhas preenchidas com poemas de amor
De que vale toda noite estrelada, uma lua brilhando com ardor
De que vale o riso das pessoas que encontro na calçada
Eu as vejo andando para uma direção e o meu olhar continua fixo no chão
Passam multidões , esbarram no meu corpo e me arrastam como uma bússola quebrada
Sem norte, sem sorte, sem pretenção de movimentar o olhar, de movimentar os risos
Sem destino...
De que vale tantas folhas preenchidas se elas não medem com exatidão
O tamanho dessa infinita solidão e voltam as amarguras de um olhar cego
E volta a ser como antes, risos tristes, face chorando amargo
Volta os vazios, volta a tristeza e não se ouve mais a canção diária que previa sonhos
Para onde foi a voz que acalmava o meu pranto? porque a vida insiste em desenlaçar
As dores tantas que ousavam se fechar em gavetas imaginárias
De que vale tanta folha preenchida de palavras se elas não atingem a dimensão maior
Desse amor que reescrevi na história do meu ser. Quem as vai ler?

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