A minha alma canta e se entristece ao voar pelo teu nome e na tua face ancorar desejos presos.
A minha alma é um imenso deserto, árido esperando o replantar de sonhos que já foram imensidão, perdendo-se em espaços de dor e desolação.
Me pergunto os motivos desse alinhamento de olhares.
Vazias buscas, nenhuma revelação, nenhum entendimento, um sofrimento árduo em cavar respostas e porquês de tanto esse querer que às vezes também dói.
Eu volto ao meu tempo, incerto, injusto deserto...
E aquela despedida prevista nega-se de acontecer
Talvez eu tenha mais tempo para lhe mostrar o riso
Para lhe tirar da dor...
Talvez eu tenha mais tempo para lhe dizer do voo que ousei no teu olhar
Na tua voz que imaginei, na tua pele que inventei.
Não ligue se não me ouvir cantar, se o pulso fechar frente a desalmada lição.
Hoje é só mais um dia morno, esculpido de choro e céu.
Um céu negro e perdido, passageiro conto de invenções felizes.
Apenas mais um conto triste, desse meu abandono de vida!