Queria a simplicidade do riso a fazer-te feliz
Queria a leveza do toque a embalar-te o sonhar
Queria a maestria das notas a levitar-te os sentidos
Queria a doçura do beijo a entregar-te o sabor
Queria ser-te amor
Queria tirar-te a dor das pedras que jogo
a profecia do verbo das frases que rogo
queria implorar-te perdão
e dizer-te da minha ingratidão, solidão, ilusão
do que não sou
do que não tenho
do que nao dou
nao sei dar sentido ao vazio que me habita
preencher o lado que grita
por fome de mim... de fim...
sou pó, poeira fina e resto de nada, grão pequeno na estrada
gota de angustia que pulsa
num pulso falido
sou falho, fiasco, mundo torcido
banido, perdido, vagão sem um trilho, estrada
sou nada
sou nada...
resto
dejeto
asas sem voo
vidro cortante
sangue esgotante
fétida deserta
aridez e rispidez
sou nada, sem lei
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
Nunca se é assim tão nada, ou coisa nenhuma...mesmo "sem lei."..
Num permanente talvez. Sou inocência entregue às subitas vontades, ensaios do sorrir. Sou demora, espera. Sou aquela que vai seguindo sem seguir.
beijo Márcia.
Olá!
Gostei muito de por aqui passar durante este ano!
Quero desejar-te um Feliz Natal e um Bom Ano Novo cheio de inspiração.
Beijinhos, fica bem.
Querida amiga.
Meu desejo para os que habitam
o meu coração,
é um mergulho no tempo,
onde cada dia,
é um dia de ano novo,
e cada sonho,
uma senha a ser descoberta,
nesta caminhada rumo a alegria.
Muito obrigado por sua amizade.
Que sejamos e façamos felizes a cada dia.
ALUÍSIO CAVALCANTE JR.
As reminiscências que o eu-lírico passa nesse poema é surpreendente, visto que traz lembranças simples que nos remete ao nosso próprio ato de viver. Lindo poema! Quando der, passe em Lectando-me.
Que dizer de este texto suave, rude; simples,complexo, magnífico...
Beijinho, Márcia :)
Postar um comentário
sementes