terça-feira, 7 de agosto de 2012 - 1 comentários

Por que a palavra me dói quando deveria ser redenção? Talvez seja por eu deixar justamente o coração, pulsar em minhas mãos...


E são as emoções que pulsam o tempo, são os barcos ancorados nesse viver diário navegando sem rumo o seu destino. São as estrelas e barcos, luas e sóis e asas que sobressaem no corpo... E sensações incorpóreas que transmitem a exatidão das palavras que não queriam estar dentro...
E a palavra cresce sentidos, é paisagem esvoaçante que reside o encanto maior... são elas que suprem a presença, que amornam o gélido tatear do papel... Elas deixam marcas incessantes nas folhas que subscrevem a vida, verdade justa, ora reprimida, ora projetada na areia, ou escrita além céu... Papel...
Mas as pulsantes são as que mais sangram, por que são indefinidas quando sentem, indefinidas quando buscam, e na busca seus sangramentos fazem chorar os olhos...

Por que a palavra me dói quando deveria ser redenção? Talvez seja por eu deixar justamente o coração, pulsar em minhas mãos...

1 comentários:

Helena Chiarello 10 de agosto de 2012 às 05:50

E talvez por deixar o coração pulsar pelas mãos é que escreve coisas assim, tão lindas, tão profundas, tão sentidas!

Saudade, querida amiga! Muita saudade!

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