domingo, 22 de julho de 2012 - 1 comentários
Era uma vez um menino, que brincava sozinho, andava sozinho e vivia sozinho em seu mundinho
Era uma vez uma pipa, que sentia solidão, ficava apenas no chão, sentia dentro uma insatisfação
Um dia o menino viu a pipa chorando e seu coração se encheu de compaixão, pegou a pipa nas mãos
E prometeu que nunca mais sentiriam tristezas usavam a imaginação e fluiram rumo a imensidão
Dias e noites passavam, era festa todo dia, alegrias e risos dominavam a nostalgia
Brincavam juntos, contavam piadas tão sem graça, mas se divertiam, se entendiam...
Paravam em praças e admiravam as flores, confidenciavam sonhos e amores
E não se importavam com o futuro, pois o presente era algo que lhes faziam felizes
Não se soltavam, pipa e  menino agora se amavam, numa paixão incomum,
Talvez por sentirem a mesma vontade de voar, a mesma vontade se entregar a algo que nunca viveram de verdade.
E assim passou por muito tempo, mas um dia o menino cansou-se, talvez tenha crescido os sonhos e visto que ele e a pipa de fato, não poderiam voar... jamais!
Num dia triste e acinzentado, o menino pôs-se a sonhar, ergueu a pipa no ar a olhou com indiferença
Veio um vento frio em seu rosto, endureceu seu coração... A pipa então lá do alto em desespero
Pedia por proteção, dos olhos lágrimas corriam, como as chuvas que caiam... A tempestade aumentava
A linha, o menino não segurava e a pipa se afastou pela imensidão, foi em direção ao céu
Molhando todo o seu papel, perdida a felicidade em vão... Pobre pipa abandonada amendrontada  e sem destino,morreu no céu vazio, perdendo toda a noção, que pipa e menino, mesmo os sem coração, poderiam ser amigos, poderiam ser irmãos...

(Eu era a pipa segura em suas mãos)

1 comentários:

Nilson Ramos 22 de julho de 2012 às 17:16

Triste pipa que se perdeu no céu por não saber que meninos crescem e ficam com o coração rígido. Esquecendo-se da criança interior.

Postar um comentário

sementes