domingo, 24 de abril de 2011 - 1 comentários

Abandono o verso, repouso as mãos, não há permissão que ouse sentir diferente
da emoção, então... Abandono-me no verso e viajo pelas margens do que fica,
sempre quando tento me encontrar. Não há exatidão que marcam meus pulsos, a
definição é como um livro infinito de páginas brancas, brancas apenas. E
esqueço-me de sonhar... Sim, me esqueço nos sonhos vãos que afugentam noites,
que despertam luas, que abrem janelas e pausam nos olhos.
Que olhos? Que infinitos?
Nada sei de nada, nada sei desses nomes que busco para definir esses gritos
inquietantes que silenciam o olhar e doem dentro. Nada sei de memórias
corrompidas que me vazam sempre sangrando alma.
E hoje choram todas as letras e hoje volta a ser como era o dentro que se buscava,
compondo prantos, amassando as melodias que dão erradas nessas pausas de
lembranças.
Que essa anestesia descompromissada com o mundo, liberte as sobras dos dedos
e que cure as asas do espírito sepultando os versos
abandonados...

1 comentários:

Daniel 24 de abril de 2011 às 16:58

Por tantas e tantas vezes me senti anestesiado também. É uma defesa quando nada mais nos afeta.

Minha neném está linda. Um doce. Um grande presente de Deus.
Obrigado por perguntar.

Daniel

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