quarta-feira, 8 de julho de 2015 - 2 comentários


A minha alma canta e se entristece ao voar pelo teu nome e na tua face ancorar desejos presos.
A minha alma é um imenso deserto, árido esperando o replantar de sonhos que já foram imensidão, perdendo-se em espaços de dor e desolação.
Me pergunto os motivos desse alinhamento de olhares.
Vazias buscas, nenhuma revelação, nenhum entendimento, um sofrimento árduo em cavar respostas e porquês de tanto esse querer que às vezes também dói.
Eu volto ao meu tempo, incerto, injusto deserto...
E aquela despedida prevista nega-se de acontecer
Talvez eu tenha mais tempo para lhe mostrar o riso
Para lhe tirar da dor...
Talvez eu tenha mais tempo para lhe dizer do voo  que ousei no teu olhar
Na tua voz que imaginei, na tua pele que inventei.
Não ligue se não me ouvir cantar, se o pulso fechar frente a desalmada lição.
Hoje é só mais um dia morno, esculpido de choro  e céu.
Um céu negro e perdido, passageiro conto de invenções felizes.

Apenas mais um conto triste, desse meu abandono de vida!

2 comentários:

ALUISIO CAVALCANTE JR 4 de agosto de 2015 às 17:03

Querida amiga

Um belo texto
ainda que triste...
Às vezes,
a felicidade que sonhamos
partilhar com alguém,
anda meio escondida
da nossa vida,
do nosso olhar
e do nosso coração...

Que estrelas brilhem em tuas noites.

Anônimo 27 de agosto de 2015 às 09:23

um lindo texto carregado de emoção, que chora uma despedida sofrida , e um amor desencontrado , um texto que tem no fundo uma melancolia e dor carregadas de, tristeza mesmo sendo falado em lindas, lindas palavras,..me emocionei ao ler.....

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